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Setor de bionergia da UFV ganha Prêmio Mares Guia da Fapemig

As contribuições do Departamento de Fitotecnia (DFT) para o desenvolvimento de variedades de plantas usadas como biocombustíveis foram reconhecidas com o Prêmio Marcos Luiz dos Mares Guia de Pesquisa Básica, concedido pelaFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). A premiação foi entregue à UFV nessa segunda-feira (23), em uma solenidade no Palácio das Artes (Belo Horizonte). O evento integra o Inova Minas Fapemig.
O Prêmio contempla instituições ou empresas mineiras que tenham se distinguido na condução de estudos e pesquisas básicas que contribuíram, de forma significativa, para o avanço do conhecimento científico e apresentem potencial para subsidiar o desenvolvimento de soluções para problemas da humanidade. O Departamento de Fitotecnia foi indicado pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação da UFV.
O Departamento de Fitotecnia já é reconhecido mundialmente pelas pesquisas que fizeram com que o Brasil tivesse a matriz energética mais limpa do mundo graças à bioenergia. Enquanto a média mundial de geração de energia com fontes renováveis é de 13%, no Brasil o índice é 45%. O Departamento de Fitotecnia tem contribuição direta no sucesso do setor, uma vez que as tecnologias geradas na UFV subsidiaram a evolução da cadeia produtiva da cana-de-açúcar e do complexo de soja no Brasil.
Para se ter uma ideia, a energia gerada pelo setor sucroenergético no Brasil é superada apenas pelo petróleo. Quando somadas à bioeletricidade e ao etanol combustível, a cana-de açúcar é a segunda maior fonte de energia do país (16% do total), superando inclusive a energia gerada nas hidrelétricas (14% do total). A cadeia da soja, que produz prioritariamente alimentos, também contribui com a produção do biodiesel, reduzindo as importações de diesel de petróleo e as emissões de gases causadores do efeito estufa.
O que aconteceu com a soja no Cerrado pode acontecer com a macaúba em Minas Gerais. Atento às demandas do setor energético, o Departamento de Fitotecnia passou as últimas décadas pesquisando novas plantas capazes de gerar energia de qualidade em plantios sustentáveis e com alta produtividade.
A macaúba, uma planta muito comum no Brasil, pode ser a promessa para um futuro próximo. Enquanto um hectare de soja produz 500 litros de óleo, o mesmo espaço cultivado com a macaúba pode render mais de seis mil litros.
Quando foi a público para mostrar o potencial da macaúba, a UFV já tinha pesquisas aplicáveis em toda a cadeia produtiva: melhoramento de variedades, sistema de cultivo ideais, extração e refino de óleo.
Já existe um mercado potencial para cadeia industrial da macaúba. Até 2050, as empresas aéreas mundiais precisam reduzir em 50% a emissão de CO2 gerada por querosene. Graças às pesquisas da equipe liderada pelo professor Sérgio Motoike, o governo de Minas irá investir no plantio da cultivar e fará com que o aeroporto Tancredo Neves, em Belo Horizonte, seja totalmente abastecido pelo bioquerosene produzido no estado a partir de refinarias de macaúba.
Outros estudos, liderados pelo professor Luiz Dias, têm mostrado também o potencial da jatrophra – ou pinhão manso – na produção de bioenergia.

FOTO RECEBIMENTO DO PRÊMIO MARES GUIA

(Da esquerda para direita:Prof. José A. S. Grossi (DFT – UFV);Prof. Evaldo VIlela (Presidente da FAPEMIG);Prof. Luis A. Dias (DFT – UFV);Prof. Luiz A. Peternelli (Pró-reitor de Pesquisa – UFV);Profa. Nilda Soares (Reitora da UFV);Prof. Leonardo D. Pimentel (DFT – UFV);Prof. João Carlos Galvão (Vice-reitor da UFV);Prof. Derly H. Silva (Chefe do DFT – UFV);Prof. Ney Sakiyama (Assessor da Pró-reitoria de pesquisa da UFV)

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