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Evento do REMAPE debate bioenergia

Aconteceu no último dia 27 mais um encontro da Rede Macaúba de Pesquisa (REMAPE) da Universidade Federal de Viçosa (UFV). No evento realizado no anfiteatro do Departamento de Fitotecnia (DFT) da UFV, alunos e professores de áreas agrárias tiveram a oportunidade de discutir a bioenergia.

O Professor Leonardo Pimentel, do DFT, apresentou aos ouvintes questões gerais sobre energia e bioenergia, tais como:

  • Matriz energética brasileira e mundial;
  • Vantagens da utilização da bioenergia;
  • Cadeia de produção do petróleo e biocombustíveis;
  • E a utilização da Macaúba como biocombustível.

Ao decorrer do encontro, o docente explicou que a produção de petróleo ficou mais cara. Atualmente, a exploração do petróleo em águas profundas demanda tecnologia de ponta e custos elevados. Nesse cenário, segundo Leonardo, os biocombustíveis ganham espaço no mercado, sendo uma alternativa ao gargalo de custo da extração e comercialização do óleo.
Foto: Mateus Dias
Biocombustíveis e Macaúba

Em relação aos biocombustíveis, o assunto deu início à discussão sobre produção de combustível renovável versus alimentos. Nesse aspecto, Leonardo Pimentel destacou a vantagem da Macaúba em comparação a outras fontes de energia limpa.

O professor explicou que a palmeira pode ser bem explorada no que ele chamou de “vantagem regional”. Em outras palavras, a Macaúba pode ser a melhor maneira de se otimizar o uso do solo numa determinada região, como nos morros, típicos em Minas Gerais.

Leonardo Pimentel destacou ainda que os produtos da Macaúba atendem a demanda por sustentabilidade. Além disso, a utilização da palmeira como matéria-prima para produção de óleo fortalece automaticamente outros mercados e cadeias.

Para o setor de aviação, que deseja crescer sem aumentar a “pegada de carbono”, a busca por fontes renováveis para mover as turbinas das aeronaves se tornou um objetivo. A Macaúba, segundo Leonardo, possui alto potencial para produção de bioquerosene. A cadeia de produção da planta está em pleno desenvolvimento e recebendo grandes investimentos.

O Professor Sérgio Motoike, também do DFT, fez alguns comentários após a apresentação do colega.

– “Outra vantagem da Macaúba é que ela não compete com a produção de alimentos, visto que os cultivos estão sendo introduzidos em áreas com elevado grau de degradação, colaborando para a recuperação dessas áreas ao invés de avançar em áreas de floresta através do desmatamento”. – Sérgio Motoike, professor e pesquisador.

O encontro foi uma realização do Departamento de Fitotecnia da UFV e da Rede Macaúba de Pesquisa (REMAPE), e contou ainda com o apoio da Empresa Acrotech e da Petrobrás.

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Por Mateus Dias (Acrotech)

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Fonte: http://macaubanet.blogspot.com.br/2015/09/grupo-de-pesquisa-de-macauba-debate.html

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